sexta-feira, 23 de abril de 2010

Quem não lê...


Adoro ler. Desde criança, sempre gostei de historinha. Fosse em quadrinhos, livros ilustrados, sem ilustração, ou contada, nunca desperdiçava a oportunidade de me distrair, entreter, sentir coisas diferentes com uma boa história.
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O primeiro livro que ganhei foi na minha formatura de alfabetização, presente da empregada que trabalhava lá em casa, a Genilda. Salve ela!
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Era um livro sobre um menino que via desenhos em nuvens. Eu também era (sou) um menino que via (vê) desenhos em nuvens.
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Com o tempo, fui gostando menos das figuras e mais das palavras, mas sempre gostei das histórias.
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Figuras, agora, só em tela grande, com poltrona confortável, som surround de última geração e pipoca.
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Mecanismo de fuga à parte, sempre me fascinou a possibilidade de viver/ser algo além daquilo que normalmente vivo/sou. Ontem mesmo, em pleno Posto 10, em Ipanema, estava eu hipnotizado com as “As brumas de Avalom”.
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Ao mesmo tempo em que curtia um feriado ensolarado rodeado de pessoas coloridas, acompanhava, a brumosa Grã Bretanha da Idade Média com seus cavaleiros, espadas, honra e magia.
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Dali a pouco estava eu comendo biscoito Globo, dali a pouco Uther Pendragon era proclamado Rei, dali a pouco a onda quase alcançava minha cadeira, dali a pouco Igraine tinha visões com Atlântida.
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É como viver duas vidas em uma. Até houve um tempo em que achava a minha vida menos interessante do que as histórias que eu lia, mas hoje percebo o quanto é ainda mais rica a experiência de ler quando se gosta do que se vive.
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...mal fala, mal ouve, mal vê.

2 comentários:

  1. ixi, não tinha lido isso até então.
    fiquei feliz com o que li, chu. passou uma alegria que precisava sentir hoje. to super endomingada.

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