Quando todos os sonhos, que eram nosso chão, esvaíram-se em cinzas em plena terça feira, despencamos do alto de nossas fantasias, e sentimos do cu ao peito o vazio da queda querendo sair pela garganta. O vento, vindo por baixo como se fosse uma tempestade infernal, nos imprensando sob o céu - este grande vazio - que foge antes mesmo de ter piedade de nós.
Cair. Até perder-se a noção se para cima ou para baixo. Sem chão, sem céu, sem nuvens, sem cinzas. Apenas nós. Deus não é nem nossa sombra aumentando num chão que não está lá. Apenas nós. Apertados, atados a uma imensa ânsia de não cair. A garganta túrgida, como que embolorada de lágrimas. A vontade de ter asas, tendo-as extirpado à unha.
A golfada de vômito, vinda de nossa inadequação à vertigem, tinge o azul infinito de uma coloração furtacor. Há que se ter coragem para se reconhecer que não há nada a fazer a não ser deixar-se cair.
hum, intenso. como já disse uma pessoa que hoje já não me é tão querida: deu pra sentir o cheiro do que escreveu. é um cheiro forte, que marca e que fere as células olfativas da mucosa. eheheh beijochuamovc
ResponderExcluirHum,intenso.(2)
ResponderExcluirenjoei, manda outro.
ResponderExcluirblé!
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